quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Instituições públicas confirmam apoio à viola

Público atento à execução do hino nacional: fortalecimento da cadeia produtiva da viola

Durante evento na Funarte, em Brasília, representantes governamentais assumem compromisso de somar esforços pela valorização do movimento nacional de violeiros

Uma noite histórica para a música brasileira. Na apresentação do protocolo de propostas de políticas públicas, resultantes da segunda etapa do Seminário Nacional Funarte Cadeia Produtiva da Música e Viola Caipira, representantes governamentais receberam as demandas do segmento cultural e se comprometeram a prestar apoio irrestrito ao fortalecimento do setor. O evento ocorreu na quarta-feira (24/2), na Sala Cássia Eller, em Brasília.

Guilherme Varela, secretário de política cultural, considerou prioridade o desenvolvimento de políticas públicas para a música e a viola caipira, como forma de fortalecer a identidade nacional. “Esse é um segmento que representa o Brasil e merece ser ouvido. O documento apresentado pelo movimento de violeiros e violeiras é bastante claro. Tenham certeza que essa síntese de intenções, que demonstra um trabalho articulado e metódico, servirá de base para os projetos que executaremos pelo Ministério da Cultura”, afirmou.

Também representante da pasta, Ivana Bentes, da Secretaria de Cidadania e Diversidade Cultural, ressaltou a forte e crescente participação feminina no universo da viola no Brasil e exemplificou algumas possibilidades de inserção do movimento nos programas de desenvolvimento da cultura. “É extraordinário ver a força e o talento da mulher também presente na música e na viola caipira. Isso demonstra o quanto estamos evoluindo em termos de nação. Dentro do Ministério, pelo programa de Pontos de Cultura, bem como pelo Pontões de Cultura, vejo total condição de a Associação Nacional de Violeiros e Violeiras conquistar essas certificações”, destacou.

O deputado federal João Daniel (PT/SE) defendeu a criação de uma frente parlamentar no Congresso Nacional, que trabalhe em defesa das causas apresentadas pelo movimento de violeiros e violeiras. “Acredito que seja imprescindível aprovarmos projeto que eleve a arte da viola à condição de patrimônio cultural imaterial brasileiro. Precisamos fortalecer e defender nossa identidade cultural. Serei um entusiasmado aliado do movimento na Câmara dos Deputados”, afirmou o parlamentar.

No âmbito do Distrito Federal, a deputada distrital Luzia de Paula (Rede) não pôde comparecer ao evento, como fizera na abertura da primeira etapa do seminário, mas enviou mensagem em que ratificou total apoio na esfera do Poder Legislativo do DF ao desenvolvimento do segmento cultural.

Participantes reunidos para o registro de encerramento do seminário
Entre os representantes da Fundação Nacional de Artes (Funarte), Marcos Lacerda (diretor de música) e Débora de Aquino (coordenadora de difusão cultural Centro-Oeste) endossaram o coro de apoiadores da viola, destacando a proposta de criação de uma agência nacional da música, com capacidade de gerenciar maiores recursos para o setor. “Continuaremos trabalhando pela música e sempre atentos ao que a viola tem a expressar”, disse Lacerda. “Esta casa estará sempre aberta para os violeiros e violeiras”, finalizou Aquino.

Fundada em 2004, a Associação Nacional dos Violeiros e Violeiras do Brasil (ANVB), organizadora do seminário, vem nos últimos anos promovendo encontros em busca da construção de ferramentas que assegurem a afirmação do setor como elemento de destaque na identificação cultural do país. Esta segunda etapa do Seminário Nacional Funarte Cadeia Produtiva da Música e Viola Caipira deu prosseguimento à fase anterior, realizada em dezembro, também em Brasília.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Violeiros apresentam propostas de políticas públicas

Gustavo Vasconcelos, da GRV, durante palestra sobre plataformas digitais

Como resultado do seminário realizado em Brasília, representantes do movimento nacional entregam documento de ações

Após dois dias de intensas discussões, os participantes da segunda etapa do Seminário Nacional Funarte Cadeia Produtiva da Música e Viola Caipira apresentam, nesta quarta-feira (24/2), o documento de proposições de políticas públicas para o fortalecimento do segmento cultural. O ato público está marcado para as 19h, na Sala Cássia Eller, no Complexo da Funarte, com a presença de autoridades governamentais. Será também uma noite de imersão no universo da cultura caipira, com direito a roda de violeiros e coquetel típico. A entrada é franca.

Entre as ações de destaque propostas pelo documento, estão a criação de um circuito nacional de shows, a inclusão da viola caipira no contexto da educação musical, a conquista de maior espaço de divulgação nos meios de comunicação e a construção de plataformas modernas efetivas de arrecadação de direitos autorais. “Nossa cadeia produtiva inclui desde os luthiers (construtores de instrumentos) aos mais qualificados engenheiros de som. A produção fonográfica e a realização de shows do nosso segmento são uma das maiores do país. No entanto, a despeito da tradição e da identificação com a cultura do país, sentimos que não temos o devido espaço na atual cena artística. Nossa intenção é alterar esse panorama”, diz Volmi Batista, representante da Associação Nacional dos Violeiros e Violeiras do Brasil (ANVB), organizadora do seminário.

Fundada em 2004, a ANVB vem nos últimos anos promovendo encontros de violeiros em busca da construção de ferramentas que assegurem a afirmação do setor como elemento de destaque na identificação cultural do país. Esta segunda etapa do Seminário Nacional Funarte Cadeia Produtiva da Música e Viola Caipira dá prosseguimento à fase anterior, realizada em dezembro, também em Brasília.

Pereira da Viola e Mineirinho em entrevista na TV Brasil
“A idéia é aproveitar a participação de quase cem representantes de vários estados, não apenas violeiros, mas também produtores, pesquisadores e outros profissionais desta cadeia produtiva, para construir uma proposta básica de efetiva conquista de políticas públicas para o movimento”, explica Volmi Batista.

O seminário será concluído na quinta-feira (25/2), com a eleição da nova diretoria da ANVB, que passará a ter sede em Brasília, além da atualização do regimento interno da entidade. “Por fim, será votada a realização de um congresso nacional da viola, o que nos daria a possibilidade de discutir mais amplamente a realidade não apenas da viola caipira, mas também de outros segmentos do instrumento, como a viola nordestina, de machete, de cocho e de buritis”, finaliza Volmi Batista.

Seminário Nacional Funarte Cadeia Produtiva da Música e Viola Caipira – 2ª etapa
Quando: de terça-feira a quinta-feira (23 a 25 de fevereiro de 2016)
Onde: Pousada dos Angicos (Incra 8, Brazlândia) e Sala Cássia Eller (Complexo da Funarte, ao lado da Torre de TV)
Contato: seminarioviola@gmail.com

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Movimento dos violeiros propõe criação de circuito nacional de música caipira

A dupla Zé Mulato e Cassiano em show durante a primeira etapa do seminário

Durante seminário em Brasília, nesta semana, artistas, produtores e pesquisadores traçam estratégias para fortalecer a divulgação e aprimorar a relação com as novas tecnologias de comunicação 

A música e a viola caipira despontam entre as mais tradicionais manifestações da cultura popular brasileira. Apesar da forte ligação com as raízes históricas, os violeiros do presente estão atentos ao futuro e se mobilizam para manterem destaque no cenário artístico nacional. De terça-feira a quinta-feira (23 a 25 de fevereiro), em Brasília, músicos, produtores, pesquisadores e outros atores do segmento cultural participarão da segunda etapa do Seminário Nacional Funarte Cadeia Produtiva da Música e Viola Caipira. Entre os destaques do evento, figura a proposta de criação de um circuito nacional de shows e o debate em torno de estratégias para aproveitamento das novas tecnologias de comunicação.

Como resultado dos três dias de discussões, será formulado um documento com propostas efetivas de criação de políticas públicas para a área, contribuindo para o fortalecimento do movimento nacional de violeiros. “Queremos criar um circuito nacional de música e viola caipira. Precisamos ampliar esse mercado de trabalho e oferecer oportunidades de visibilidade para músicos e produtores que atuam neste contexto cultural. Em termos de produção fonográfica, bem como na realização de shows, temos uma das maiores cadeias produtivas do Brasil. No entanto, ainda é bastante reduzido o contingente de artistas qualificados com espaço na grande mídia”, diz Volmi Batista, representante da Associação Nacional dos Violeiros e Violeiras do Brasil (ANVB), organizadora do seminário.

A relação da música e da viola caipira com o novo universo de tecnologias de comunicação também estará no foco do encontro. Para discutir o tema e definir estratégias de atuação, foram convidados nomes como Hamilton Carneiro, produtor e apresentador de tevê (SBT/Goíânia), Luiz Rocha (TV e Rádio Câmara) e Gustavo Vasconcelos, representante da GRV, empresa que se dedica ao estudo da distribuição fonográfica no Brasil e no mundo. 

Cacai Nunes: virtuosismo e talento a serviço da viola caipira
“O seminário está realmente interessado em se aprofundar o máximo possível nas questões envolvendo essa cadeia produtiva para que tenhamos como resultado a elaboração de um documento consistente, que sirva de base para conscientização do poder público e da iniciativa privada, que não têm considerado devidamente a arte da música da viola caipira. Precisamos ingressar fortemente no sistema de divulgação que inclui a telefonia móvel, os aplicativos, a internet e a publicidade de forma geral”, diz Volmi Batista, também violeiro e produtor musical.

A programação do seminário, que teve a primeira etapa realizada em dezembro, prevê três dias dedicados às plenárias e aos trabalhos em grupo, que darão origem ao documento de ações e propostas do movimento. Essas atividades ocorrerão na Pousada dos Angicos, próximo a  Brazlândia, com a participação de cerca de cem convidados, entre artistas consagrados, como Pereira da Viola e a dupla Zé Mulato e Cassiano, além de pesquisadores e produtores musicais de diversos estados do país. Na quarta-feira (24 de fevereiro), às 19h, na Sala Cássia Eller, no Complexo da Funarte, um ato público, com a presença de autoridades governamentais, apresentará as proposições originárias do evento. Será o único momento aberto à participação popular, com entrada franca e apresentação de roda de violeiros. Os organizadores prometem uma noite de imersão na cultura caipira, com coquetel típico e muita boa música.
 
Seminário Nacional Funarte Cadeia Produtiva da Música e Viola Caipira – 2ª etapa
Quando: de terça-feira a quinta-feira (23 a 25 de fevereiro de 2016)
Onde: Pousada dos Angicos (Incra 8, Brazlândia) e Sala Cássia Eller (Complexo da Funarte, ao lado da Torre de TV)
Contato: seminarioviola@gmail.com
CRÉDITO DAS FOTOS:  Alexandre Almeida/Janela Aberta Filmes/Divulgação

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Violeiros se reúnem em Brasília para fortalecer movimento nacional

Segunda etapa do Seminário Cadeia Produtiva da Música e Viola Caipira, de 23 a 25 de fevereiro, produzirá documento com propostas efetivas de políticas públicas para o segmento cultural 

Reunião de violeiros com o ministro da Cultura, Juca Ferreira (à direita), em 2015

Artistas, produtores musicais, pesquisadores e outros atores do segmento cultural participarão da segunda etapa do Seminário Nacional Funarte Cadeia Produtiva da Música e Viola Caipira, de 23 a 25 de fevereiro, em Brasília. O objetivo do evento, que dá prosseguimento à fase anterior realizada em dezembro passado, é fortalecer o movimento nacional de violeiros e apresentar um documento com propostas efetivas de criação de políticas públicas para a área.

Representante da Associação Nacional dos Violeiros e Violeiras do Brasil (ANVB), organizadora do encontro, Volmi Batista explica que a produção nacional em torno da música e da viola caipira apresenta números grandiosos em relação ao público de interesse, à diversidade artística e aos empregos gerados no setor. No entanto, contraditoriamente, o segmento não tem sido suficientemente observado pelas políticas de desenvolvimento cultural nem merecido a devida atenção dos meios de comunicação.

Plenária da primeira etapa: discussão sobre incentivo público
“Levando em conta a dimensão dessa cadeia produtiva, que em termos de produção fonográfica, bem como na circulação de shows, é uma das maiores do Brasil, ainda é bastante reduzido o contingente de artistas qualificados que conseguem ser mensurados pela grande mídia. Queremos ampliar esse mercado de trabalho e criar oportunidades de visibilidade para músicos e produtores que atuam neste contexto cultural”, diz Volmi Batista, também violeiro e produtor musical.

A programação do seminário prevê dois dias dedicados às plenárias e aos trabalhos em grupo, que darão origem ao documento de ações e propostas do movimento. Essas atividades ocorrerão na Pousada dos Angicos, próximo a  Brazlândia, com a participação de cerca de cem convidados, entre artistas consagrados, como Pereira da Viola e a dupla Zé Mulato e Cassiano, além de pesquisadores e produtores musicais de diversos estados do país. Na quarta-feira (24 de fevereiro), às 19h, na Sala Cássia Eller, no Complexo da Funarte, um ato público, com a presença de autoridades governamentais, apresentará as proposições originárias do evento. Será o único momento aberto à participação popular, com entrada franca e apresentação de roda de violeiros. Os organizadores prometem uma noite de imersão na cultura caipira, com coquetel típico e muita boa música.

Seminário Nacional Funarte Cadeia Produtiva da Música e Viola Caipira – 2ª etapa
Quando: de terça-feira a quinta-feira (23 a 25 de fevereiro de 2016)
Onde: Pousada dos Angicos (Incra 8, Brazlândia) e Sala Cássia Eller (Complexo da Funarte, ao lado da Torre de TV)

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Programação detalhada

Confira a programação detalhada do Seminário Nacional Funarte Cadeia Produtiva da Música e Viola Caipira, que acontece de 23 a 25 de fevereiro, em Brasília. Artistas, pesquisadores e produtores musicais vão discutir e apresentar propostas de criação de políticas públicas para o setor


Plateia atenta durante a primeira etapa do seminário, na Funarte, em Brasília


Terça-feira 23/2/2016
ABERTURA: histórico e memória das atividades e conquistas realizadas. Pereira da Viola
MESA 1: panorama da Cadeia Produtiva da Música e Viola Caipira no Brasil.
Objetivo: promover o debate sobre o panorama da cadeia produtiva, identificando e catalogando experiências e ações relacionadas à música e viola caipira no Brasil.
Abordagens a serem consideradas na mesa:
1. Produção – identificação das estruturas de produção existentes no Brasil (produtoras, entidades, órgão públicos com estrutura voltada para a viola caipira)
2. Mapa dos violeiros e violeiras – dados estatísticos para quantificação.
3. Mercado – mapeamento da estrutura de mercado voltado para a música caipira.
4. Eventos – levantamento das principais atividades relacionados à viola no Brasil.
Plenária – será feito um trabalho coletivo para a complementação dos dados.
Composição da mesa: Volmi Batista e Fabius Nunes da Silva
MESA 2: debate sobre o mercado musical, observando o consumo regional e nacional e a influência dos meios de comunicação.
Objetivo: promover o debate sobre o mercado nacional e regional de projeção da música de viola, tanto na comercialização como na distribuição, bem como debater a influência dos meios de comunicação e novas mídias.
Abordagens a serem consideradas na mesa:
1. Mercado musical – profundo debate sobre o mercado para a música, em especial para a música de viola, refletindo sobre as novas tendências do mercado, formas de comercialização e consumo musical.
2. Meio de comunicação e novas mídias – avaliar e levantar o espaço das mídias de comunicação convencional e novas mídias, visando analisar novos meios e espaços alternativos para fortalecimento da cadeia produtiva.
Composição da mesa: Gustavo Vasconcelos ( GRV Discos) e  Hamilton Carneiro (Programa Frutos da Terra - SBT)

Plenária – complemento das informações e debate sobre as apresentações feitas.
                                                                                                                                             
Quarta feira – 24/2/2016
Pâmela Viola: força jovem feminina
MESA 3: grupos de trabalho: promover reflexão da cadeia produtiva, visando detalhar os desafios e levantamento de estratégias para o fortalecimento da cadeia produtiva da música e viola caipira.
Objetivo: promover o trabalho em grupos, para detalhar os desafios e estratégias, visando fortalecer o movimento da cadeia produtiva da música e da viola caipira. Os grupos de trabalho serão organizados pelas temáticas da nova organização da Associação Nacional.
Abordagens a serem considerada na mesa: 
1. Formação e educação: Gisela Nogueira, Fabio Miranda, Victor Batista
2. Cultura caipira: Luiz Faria e Joacy Ornelas
3. Difusão e distribuição: Wilson Dias e Oswaldo Rios
4. Pesquisas: Gisela Mogueira
5. Departamento de comunicação: Bilora e Gustavo Guimarães
Plenária – aprofundar a reflexão de cada grupo, fechando estratégias e ações.
MESA 4: construção de propostas concretas de fortalecimento da cadeia produtiva da música e viola caipira.
Objetivo: levantar as propostas de fortalecimento da cadeira produtiva da música e viola caipira, visando propor uma agenda nacional de articulação de políticas públicas e apoios diversos.
Metodologia – a mesa será composta para a apresentação das diversas propostas elaboradas, desde o primeiro encontro de violeiros e violeiras. Em seguida, será feita uma breve discussão em grupos para a complementação das propostas.

MESA 5: apresentação das propostas de fortalecimento da cadeia produtiva da música e viola caipira – Sala Cássia Eller – Espaço Cultural Funarte – com a presença de autoridades e convidados.
Quinta Feira 25/2/2016

Encaminhamentos internos:
1 Assembleia da Associação – eleição da diretoria, estatuto, proposta de funcionamento, agenda.
2. Congresso Nacional da Música e Viola Caipira – agenda, encaminhamentos práticos.
3. Avaliação do seminário.